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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Nova consulta ontem, CTG normal, placenta e líquido amniótico ok, o baby está um pouco mais descido, mas o colo continua fechado.

Nova consulta na próxima semana, já depois das 40 semanas. Será em princípio para induzir nesse dia. 
Estou em conflito comigo própria. Não sei o que decidir.

Por um lado queria que tudo fosse o mais natural, queria que o corpo decidisse a altura de parir, imaginei fazer o mais que pudesse do trabalho de parto em casa. Afinal 40 semanas são uma estimativa, não um prazo de validade.

Por outro lado, se esperarmos mais e depois não acontecer naturalmente mesmo assim, já não tenho a oportunidade que a indução seja com a minha médica (que vai estar de férias na semana seguinte e sejamos honestas, uma cara amiga ajuda muito neste processo), o bebé também estará bem maior, mas mais importante que tudo também penso que tempo a mais pode ser-lhe prejudicial.

Por um lado, achar que natural é a melhor opção também não é certo. Se tudo fosse ao natural, o Samuel não estava aqui na minha barriga.

Por outro lado, a decisão também não deve ser só minha, o meu marido também decide e sei que ele prefere a indução se chegarmos a esse dia.

Entretanto, estamos em modo "Operação: não paga renda, fora!", sem exageros, claro, para ver se acontece espontaneamente até lá. Caminhadas diárias, subir e descer escadas, exercícios na bola e chá de canela e framboesa. Estes são os truques que conheço (aceitam-se sugestões), sei que o sexo também é aconselhado, mas o marido não consegue ver para além da barriga e a minha técnica de vá se arrumar que hoje vou-lhe usar não tem funcionado... lol!


O Samuel continua muito mexido e dúvidas e medos à parte, é ele que põe um sorriso na minha cara várias vezes ao dia. 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quem sabe, sabe

Há umas semanas tivemos um jantar com alguns casais, um dos quais já sabia da novidade, outro não conhecíamos e outro que já não víamos há imenso tempo, mas que sabíamos que tinham o seu pequeno Guilhermes graças a tratamentos.

Assim que nos sentamos à mesa, perguntaram se eu queria vinho, nem tive tempo de responder, o meu marido disse logo "ela não pode porque está grávida!". Eu posso com isto?? Este homem deixou de saber guardar segredos... Enfim, foi uma festa e o assunto acabou maioritariamente por ser este o resto da noite.

A R. que fala bastante abertamente sobre a situação de infertilidade e os tratamentos que ela e o marido passaram, contou-me que queria mais um filho mas o marido não e já está quase com 40 anos, o que era uma pena porque tinham ainda embriões crio preservados. Brincámos até que agora ela nem precisava dele, bastava ir à clínica.
Hesitei se lhes contava da nossa situação, não por mim, mas pelo meu marido, mas não podia perder a oportunidade de falar pessoalmente com alguém que passou pelo mesmo
Senti-me como um daqueles combatentes do ultramar a trocar histórias de guerra. Tirando o apoio virtual que aqui tenho recebido (e que não vale pouco!), nunca tinha falado com alguém que realmente percebesse a angústia de passar por algo assim. Nunca me tinha sentido tão compreendida, lavei a alma! 

Sei que não é muito fácil falar destas coisas com outras pessoas, mas se tiverem a oportunidade de desabafar, façam-no.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ontem à tarde comecei com os sintomas que costumo ter antes da menstruação e se estava a lidar bem com a espera, lidar com a possibilidade crescente de um negativo tornou-se muito mais difícil. 

Os sintomas valem o que valem, eu sei, e não vale a pena estar com comparações porque varia muito de pessoa para pessoa, mas não tenho mais nada a que me agarrar. Era tão mais fácil se os sintomas fossem óbvios. Estou constantemente com a sensação de que o período chegou e sinto o peito menos sensível, mas continuo com as moinhas.

Não estou a dramatizar porque estou ansiosa, conheço bem o meu corpo e por isso é que acho que não estou enganada, infelizmente. Ao mesmo tempo, nunca estive grávida, nem sei os sintomas que teria e é isso que me dá esperança.

Não me dou por vencida, continuo a pedir muito que esta benção nos seja concedida, mas ao mesmo tempo preparo-me para a desilusão se confirmar que não foi.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Volte à casa da partida




Oligoastenozoospermia foi o resultado do exame.

Basicamente estamos na mesma, no mesmo sítio onde estávamos à um ano atrás.

Nós sabíamos que podia não resultar, foi um risco consciente. Mas mesmo assim foi um soco no estômago. Não estava à espera de milagres, mas esperava ver alguma melhoria, algo que nos fizesse continuar a tentar com esperança e alegria, que nos fizesse acreditar que chegaríamos lá naturalmente.  

Não estou triste, estou zangada, frustrada, cansada.

Caramba, o meu marido não merecia este resultado depois do sacrifício que ele fez. Morro um bocadinho quando vejo a culpa nos olhos dele, por muito que lhe diga que não vejo as coisas assim, é um problema nosso, não é teu ou meu, não é culpa de ninguém, sei que ele carrega aquele peso na mesma.

Também sei que não somos nenhuns coitadinhos e que isto é a reação mais imediata. Daqui a uns dias estaremos mais conformados e seguiremos com o nosso plano.

Desistir é que não, nunca!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Sempre achei que tínhamos alguma sorte em não ter por perto habitualmente bebés ou crianças enquanto estamos nesta situação de chove-não-molha... 
Os sobrinhos do meu maridos são todos crescidos, eu tenho mini-primos mas moram longe e não temos amigos com filhos. Ainda não pelo menos, porque  temos um casal amigo que está grávido

E digo-vos, tem sido difícil de assimilar... 

Ele é o meu melhor amigo e, se por um lado estou tão feliz por eles, por outro não consigo ignorar a nossa situação. 
É horrível, sinto-me a pior das amigas. 
Não lhes digo nada, não tenho que estar a estragar a felicidade deles com o nosso infortúnio, nem me privo de estar com eles, pelo contrário quero saber como está tudo a correr. Mas mexe profundamente comigo... Ás vezes são pequenas coisas como pensar como será quando for connosco, outras são pura inveja verde e feia de pensar que nós é que devíamos estar a passar por tudo isto primeiro... 

Tenho de conseguir separar as coisas e ser apenas feliz por eles, em vez de triste por mim.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012



Mais uma consulta com o "nosso" urologista. Essencialmente foi para ver se a recuperação estava a correr bem e para marcar a reavaliação do nosso caso. Novo espermograma para o final de fevereiro e consulta em março.

Saímos de lá esperançosos e animados, esperar mais este tempo nem parecia mau de todo.
Mas estes sentimentos não duraram muito. Um casal nosso amigo convidou-nos para jantar e anunciaram que estavam à espera de bebé. A nossa reação foi mais ou menos tipo soco-no-estômago! Todo este tempo, uma das coisas que me tem consolado é que as gravidezes que vão acontecendo não são de pessoas muito próximas de mim: amigas de amigas, primas que moram longe, bastante mais fácil de processar. Naquele momento senti-me a esverdear e a imaginar os próximos meses a lidar com a barriga alheia semanalmente... 

Mas ao mesmo tempo fiquei tão feliz por eles e depois de meio segundo de um sorriso amarelo, saiu um sincero "parabéns!!".

Tem sido tão difícil digerir isto...
Assim que ficamos sozinhos, eu olhei para o meu marido e só fui capaz de dizer "matem-me já...", ao que ele respondeu "se soubesse que era para isto não tinha vindo" e depois rimo-nos! É horrível, eu sei. Mas a reação dele foi mesmo o que eu precisava para me animar, eu precisava de alguém que compreendesse os meus sentimentos de inveja e injustiça, mesmo que no fundo a alegria pela notícia seja maior que tudo o resto.

Agora os meses que vamos esperar parecem-me intermináveis, as hipóteses de sucesso parecem-me mínimas e pronto, bye bye serenidade.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

80



Hoje o meu avô faria 80 anos.
Não fará porque nos deixou no início deste ano. 

Não falei disso na altura e ainda me custa falar disso agora. Não pela tristeza do acontecimento, embora sinta muito a falta dele. O meu avô materno foi sempre muito presente na minha vida, ás vezes chato e teimoso, mas sempre muito generoso e bem intencionado. Ele adotou o Z. como o seu 3º neto e ajudou-nos imenso.

Não, o que me custa, o que me envergonha, é que não chorei quando ele morreu. 
Na minha cabeça, ou no meu coração, sinto-me anestesiada e tudo aquilo foi muito triste mas comparativamente não é o pior que estou a passar.

Como é que é possível que eu sinta mais falta de alguém que só existe no meu coração, do que de alguém que esteve presente a minha vida toda?

Como é que eu choro tantas vezes porque o meu peito parece que vai implodir de saudades de um filho que não tenho, mas não me comovo por alguém que cuidou de mim?

Não está certo!
Mas não consigo que seja de outra forma.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sogras




Não me posso queixar da minha, sempre me tratou muito bem, mas a verdade é que não temos muito em comum.
Talvez por ser uma pessoa muito simples, diz logo o que lhe vem à cabeça, sem pensar muito em sensibilidades alheias.

Quando o meu marido lhe disse que estávamos a tentar engravidar há já algum tempo, mas sem sucesso, ela disse: “pois, esperaram demasiado tempo, agora é mais difícil!”. Não é mentira, mas acho que não era bem o apoio que ele queria da mãe...

Agora contou-lhe da operação, ao que ela respondeu "Ai filho, mas não tens medo? Vais te meter nessas coisas... E se corre alguma coisa mal?" Mais uma vez, não é mentira, mas ele precisa é de apoio e confiança, não de depois-não-digas-que-não-te-avisei.

Nem sei porque é que ainda me espanto, quando contei da operação a uma colega, ela perguntou-me porque é que não usávamos um banco de esperma...
Cada vez mais me convenço, que só percebe estas coisas quem passa por elas e que o melhor é estar caladinha.

domingo, 14 de outubro de 2012

Parvoíces minhas

 
 
Em uma das suas crónicas, o Markl falava daquela fase em que era possível as amigas gostavam todas do mesmo rapaz e darem-se todas bem! Eu passei por isso, mas passei também pela fase em que duas raparigas que gostavam do mesmo rapaz eram inimigas mortais, pelo menos até a paixoneta passar... São parvoíces que passam, mas que não se esquecem.
 
Quando fomos ao hospital fazer as análises passadas pela médica, lá estava ela. Oh pá, aquilo custou-me... Num dia tão sensível, tão privado, tão vulnerável, uma das técnicas do laboratório ser logo ela.
 
Nem mais pensei nisso, até ontem, quando a encontrei no supermercado. Com um bebé. Num sling. Que é só a coisa que mais sonho fazer com o meu bebé.
Quer dizer que já estava grávida quando nós fomos fazer as análises. Pronto, não foi preciso mais nada, peguei nas minhas compras e vim amuada para casa, consumida por um sentimento de injustiça e de vazio.
 
A minha cabeça sabe que é tudo parvoíce, mas o coração não quer saber e continua em modo amuado, porque afinal it's my party and i cry if i want to.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Da consulta


Ontem lá fomos à consulta de urologia, e o médico aconselhou a cirurgia dado que é relativamente simples e poderá resolver o problema.
Ele foi sincero, disse que se fosse com ele que a faria, nem que fosse para sabermos que tentámos tudo antes de partirmos para algo mais drástico, mas que nada é garantido. Pode não resolver a baixa contagem, pode resolver e mesmo assim não conseguirmos engravidar, o varicocelo pode até voltar, mas mesmo assim valia a pena tentarmos. É uma cirurgia simples, com alta no próprio dia e com apenas alguns dias de repouso.

Agora é esperar, mais uma vez esperar...
Esperar que o chamem, que corra tudo bem e depois esperar pelos resultados.

O médico não nos soube ou não nos quis dizer quanto tempo podemos ter de esperar pela cirurgia e que me deixou ainda mais ansiosa. Raios partam estas esperar sem fim.

Sinto-me Estou Vivo obcecada com isto, vejo grávidas e bebés por todo o lado, não penso em mais nada do que como será estar grávida e de como será ter um bebé.
O marido compartilha a minha vontade, mas não a minha loucura, felizmente. Ele não vê necessidade em irmos a uma clínica de fertilidade saber as nossas opções sem darmos uma hipótese à cirurgia. Eu morro um bocadinho cada vez que penso nesta espera sem prazo de validade.

Mas há vida para além deste drama dizem, então há que vivê-la. Ou pelo menos tentar.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Hoje



Tenho andado a escrever este post na minha cabeça à dias. 
Começou na semana passada quando me dei conta que me esqueci que o dia do período estava a chegar... Eu faço sempre um teste de gravidez uns dias antes só para confirmar aquilo que, na realidade, já sei. 
Mas este mês esqueci-me! Pensei que o meu coração estivesse mais conformado, que estes desejos fossem quase como quem quer um par de sapatos caríssímos que não pode comprar, mas acha que morre sem eles. Não os compramos, e depois a vontade passa, e percebemos que sim, podemos viver sem eles.
Bem sei que um filho, não é um par de sapatos, nem tão pouco um capricho. Mas é uma vontade, que nem sempre sei gerir.
Este sossego só durou até ontem, quando soube de mais uma grávida. Ouvir a descrição de como foi logo à primeira, de como é tão giro ver bracinhos e perninhas na ecografia e tal... 
Voltei à estaca zero novamente, porque eu também quero tanto passar por tudo isso.
Acabei o dia miserável.

Depois hoje li o post da Natalie e foi como uma lufada de esperança. Imagino a Cristina versão 2014 a dizer "vês, olha para ti, isto vai acontecer!".









quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pedir ajuda


Quando, oh quando, é que eu me convenço que é este o caminho? 
Sou péssima a pedir ajuda, em tudo na minha vida, mas principalmente no trabalho. Primeiro porque sinto sempre que estou a incomodar alguém, depois porque tenho a tendência para achar que os outros não saberão fazer tão bem ou que vai levar muito tempo para explicar o que preciso... Entretanto carrego preocupações, pesadas responsabilidades e decisões difíceis sobre assuntos de trabalho. Quando à vezes basta pedir uma opinião, uma ajuda para decidir ou fazer, que tudo se resolve mais depressa e melhor. Fico mais leve e com uma maior confiança nas decisões tomadas e no trabalho feito, porque afinal andamos cá todos ao mesmo.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Recebemos esta semana a carta da Segurança Social a aprovar o pedido do subsídio de desemprego do marido. 
Dinheirinho que é bom nem vê-lo ainda. Os-que-mandam-nisto devem achar que não é preciso pressa, pode ser que a malta se habitue a não comer. Afinal o que são 2 meses sem receber ordenado? Somos uns mal habituados, é o que é!


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mesmo depois de dias tão felizes, não consegui evitar que a ansiedade tomasse conta de mim nestes últimos. O meu período atrasou uma semana, UMA SEMANA! Nunca tinha atrasado tanto. Fiz 2 testes, deram negativo, tal como o meu corpo indicava, mas não serviu de nada, a mente voa e não dá para evitar pensamentos de que se calhar eu sou a excepção, sou aquela que não tem sintomas, aquela que engana os testes... Mas não sou.
Hoje começa mais um ciclo.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Desejo não concedido.

Talvez tenha sido melhor assim... Surgiu um novo problema, com o trabalho dele. O próximo ano será ainda mais apertado, por isso talvez tenha sido melhor assim...

É o que eu me tento convencer, não conseguindo serenar a vontade incontrolável que eu tinha de passar o Natal grávida. Para não falar no nosso casamento, na lua de mel...

Falei com ele ontem, o exame fica, mais uma vez adiado. A capacidade de lidar com problemas está no máximo e vamos tentar resolver uma coisa de cada vez.

Já faz um ano que te procuramos. Um ano agridoce.
Estes dias são os piores, em que fico mais desanimada e triste. Depois passa melhora.
Vêm aí dias bons, ocupados a fazer o que se gosta, com a família, com os amigos, cheios de
comida e lareiras acesas. Vai ser bom.

Queria desejar-vos um feliz Natal, obrigada pelas visitas e pelas mensagens que me deixam!
Deixo-vos com a minha música de Natal preferida



terça-feira, 22 de novembro de 2011

A TPM contra-ataca


Já tinha mencionado aqui que a TPM me tem atacado nestes últimos meses, mas neste ciclo tem sido demais. Já não bastavam as dores de cabeça, nos últimos dias tenho andado um bocado passada dos carretos instável... E o noivo é que paga, claro! Começo discussões por coisas mínimas, exagero e não páro. Só já depois do estrago feito é que caio em mim.
No domingo foi uma cena digna do Exorcista, só me faltou rodar a cabeça!

Esta espera também não ajuda nada, fico ansiosa e cansada. Custam-me tanto estes dias nem-o-pai-morre-nem-a-gente-almoça... Em que o ciclo já devia ter terminado, mas o período não vem e nem é por um bom motivo...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Se eu podia ser mais zen?

Podia, mas não era a mesma coisa!
Para quê ser zen se podemos desatar num pranto porque paramos o carro para uma senhora atravessar a passadeira e reparamos que ela está grávida! Vá lá que ia sozinha...

Na consulta de pré-treinos a médica disse-me para apontar as informações de todos os ciclos. Eu, completamente num espírito a-infertilidade-a-mim-é-uma-cena-que-não-me-assiste, peguei numa folhinha de um post-it e fiz uma colunas com a data do período e a duração do ciclo e guardei na carteira.
Esta semana quando o fui actualizar, percebi que já tenho a folhinha quase cheia de
datas e números, e vi que realmente não estava preparada para esta espera.
Não, não, essas coisas só acontecem às outras, aquelas mulheres malucas que metem na cabeça que precisam de um filho já e depois nem conseguem esperar uns meses sem entrar em depressão. Eu? Eu não, eu sou mais eu, isso não vai acontecer comigo...
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(12 meses depois)

Enfim, não passo os dias a choramingar pelos cantos, a vida continua, mas penso nisso cada vez mais vezes, afecta-me, distrai-me...entristece-me...
Perdi o gosto pelo trabalho, pelas saídas em sítios cheios de gente, estou bem é em casa, sossegadinha no sofá.
A tal serenidade é sol de pouca dura, basta um quase nada para que mude e já não me apeteça nada. Percebo que esta espera tem tido a sua utilidade também, mas ao mesmo tempo desgasta-me, faz-me sentir como se nada na minha vida corresse bem, quando sei que isso não é verdade.
Preciso de me animar, melhor, preciso de mudar, de aprender a viver apesar de ser treinante, apesar dos contratempos da vida.

Mas isto já passa, que 3ªf é dia de consulta e de novos planos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Há dias bons

E depois há dias como hoje, em que o optimismo se vai e a esperança esmorece...
À semana passada que foi péssima (chatices no trabalho), junta-se esta que vai pelo mesmo caminho.
Mesmo assim eu estava bem, é tão bom chegar a casa e poder rir contigo. Mas a felicidade dos outros, esfregada na minha cara foi demais. Senti-me a esverdear, incomodada por aquela conversa de gravidezes. Uma conversa cheia de meias palavras, de quem não quer que se saiba do que estão a falar e que para qualquer outra pessoa teria passado despercebida, mas eu sabia. E tinha que ser ali na minha sala. Não é nada comigo, mas chateia-me, magoa-me, incomoda-me. Só me apetecia gritar "cala-te!".
Custa não ter um bebé dentro de mim... A vontade de ter a minha família cresce um bocadinho todos os dias.
Há dias bons, mas hoje não é um deles...