quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O rescaldo do natal

Foi bom e passou num instante! Podia ter sido melhor se eu fosse mais forte e não deixasse o assunto baby assombrar alguns bons momentos...

Ganhei, do meu marido, um suposto anjinho da guarda para a minha pandora. Na realidade é uma fada, mas eu não lhe quis estragar a surpresa, porque a boa intenção está lá e é isso que importa.
E foi engraçado ver a cara dele quando lhe dei a prenda, um embrulho da Bertrand. O sorriso amarelo, o ar de desilusão de quem pensava que era um livro... (infelizmente ele não partilha a minha paixão pela leitura!) Depois lá percebeu que era um guia de Barcelona com os bilhetes lá dentro e sorriu. 

O período apareceu 2 dias mais cedo, que não seria nenhum problema, a não ser que aconteça mais vezes e me estrague a intenção de hacer un niño em abril. 
Já percebi a dica universo, eu não mando nada e escuso de fazer planos.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cenas de uma mulher com TPM


Encontrar uma foto da lua de mel no telemóvel e chorar.
Enviar ao marido com uma mensagem lamechas e chorar.
Pensar que o tempo passa tão rápido e que ao mesmo tempo não e chorar.

Tá bonito isto...
Estar com o período no Natal, ninguém merece...




terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prendas de Natal

Já há uns anos que a lista de prendas é pequena, o marido, os meus pais, irmão e namorada e alguns amigos. A minha família é muito grande e gosto imenso de estar com eles no Natal, mas acho ridículo e nem o orçamento permite estar a dar prendas a pessoas que vejo uma vez por ano. 

Este ano estava muito indecisa com a prenda do marido, pensei em bilhetes para o Cirque du Soleil, que gostamos muito. Mas pareceu-me uma prenda óbvia e achei que merecíamos ter alguma coisa mais emocionante pelo que esperar para 2013. Comecei a ver viagens e acabei por me decidir por Barcelona. Depois foram mais alguns dias de indecisão, seria certo gastar este dinheiro com toda a incerteza que temos?
Depois pensei naquilo que toda a gente me diz: têm que se distrair! Não pensem nisso e deixem acontecer.
Esta pareceu-me a melhor maneira de o conseguir, ou pelo menos tentar. 

Lista de razões para não me sentir mal por ter gasto o dinheiro:
- Vamos no fim de abril, assim temos alguns meses com outro assunto que não fazer bebés e também para marcar o hotel;
- Marquei a viagem para os supostos dias do meu período fértil (já agora junto o útil ao agradável);
- Vamos na TAP e assim estou a ajudar a economia nacional (esta é uma bocadinho rebuscada, eu sei).

Agora é descobrir uma maneira gira de lhe dar a prenda, visto que com estas modernices dos e-tickets só tenho um código de confirmação da reserva.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Coisas de um casal desesperado

Ontem, quando o meu marido acordou, veio ter comigo à sala:
- Fez agora 2 meses que fui operado não foi?
- Não, só fez um mês.
- Tens certeza?
- Sim, foi em novembro.
- Ah, pois...

E suspirou.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Prendas do fim do mundo


12-12-12 não trouxe o fim do mundo, mas trouxe um vale de 12,00 da WOOK que eu aproveitei para umas prendas de Natal para mim:

Se eu não gostar de mim, quem gostará? :)

Um capricho, porque ainda lá tenho alguns em fila de espera. 

Neste momento vou no 2º da triologia Millenium, e estou a gostar imenso. Principalmente porque estou sempre a visualizar o Daniel Craig gosto da forma de escrever do autor. A história pode ser boa, mas se a escrita não for apelativa, perde-se o interesse. Aconteceu-me isso com o Último Segredo do José Rodrigues dos Santos, boa narrativa, excelente investigação da parte do autor, mas não achei a escrita nada de especial. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Mas nem só de festejos e de trabalho se preencheram os últimos dias. Infelizmente também com uma má notícia, que não consigo esquecer, a minha ex-colega grávida perdeu o bebé. Uma pequena história de terror, igual a tantas outras, mas a verdade é que por muito se saiba que há essa possibilidade, assim que se tem O positivo, se imaginam infinitos cenários futuros com aquela 2ª risquinha que já é um filho.

O meu marido teve a mesma reação que eu, quando lhe contei, deve ser tão pior engravidar e perder do que não conseguir engravidar.

Os 30


Não deveriam ser diferentes dos 29 ou dos 31, mas na nossa cabeça acabam sempre por ser aquela linha imaginária que separa os novos dos velhos os jovens dos adultos. 

Já tive de tudo, amigos que fazem uma festa em grande, amigos que não fazem nada e outros até que vão passar o aniversário fora. Eu fiz o que sempre faço, no dia jantei com os pais e o marido (um belo leitão! o jantar, não o marido) e no fim de semana jantei com amigos.

Não me sinto deprimida por estar mais velha, pelo contrário sinto-me cada vez melhor na minha pele, mais confiante.
Olho para trás e não me posso queixar muito. Tenho marido, casa, carro, emprego, saúde qb, dois filhos postiços que mimo e aperto até lhes saírem os olhos das órbitas, mas é porque eles gostam, família e amigos. 
Faltam-me os filhos...
E aí é que os 30 me preocupam  primeiro pela qualidade dos meus óvulos que vai descendo cada mês que passa, segundo porque estou sempre a pensar "quando a cria tiver X anos, vou ter X+30". E quero estar tão presente e disponível para os meus filhos como os meus pais estiveram e estão para mim e para o meu irmão.
Por isso o sentido de urgência vai-se aguçando e não quero que se passe mais um ano sem nada acontecer. 
O pior é que querer não é sinônimo de conseguir.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Bom fim de semana

quero um destes lá para casa, ou os dois vá...



Não sou de me queixar muito, embora a julgar por este blog ninguém diria, menos ainda para os meus pais, não os quero sobrecarregar com os meus problemas. Mas a maior parte das vezes nem preciso dizer nada que eles percebem que algo não está bem. 
Esta semana não me deixaram ir embora sem lhes explicar o que se estava a passar, como a gravidez do P. e da C. era um sentimento tão agridoce para mim. Eles já sabiam da gravidez, mas não me quiseram contar (o que me leva a pensar que ou há muita gente que se preocupa com os meus sentimentos, ou acham que tenho um bocadinho de Dexter em mim). Chorei baba e ranho, como só fazemos no colo dos pais e acho que só nessa altura é que eles perceberam o quanto esta espera toda me tem afetado. 

Desde então, a minha mãe farta-se de pesquisar na net, de vez em quando liga-me:
"e se procurassem uma 2ª opinião?"
"já viste este tratamento que podem fazer?"
"encontrei uma clínica muito recomendada"
e afins.

Mais uma vez agradeço pela família que tenho, o carinho, a preocupação, o interesse nos nossos problemas e a disposição para saberem mais e aconselharem.

Expliquei-lhe que tudo isso já eu li e reli, e acredito que por agora tenhamos tomado a melhor decisão. Acredito que havendo uma hipótese de podermos resolver o problema, em vez de o tentarmos contornar, então devemos tentar. Arrependo-me apenas de por forretice não termos feito um espermograma num sítio especializado, mas o próximo já será.
Estabeleci um plano para o início próximo ano, que fica dependente do resultado da operação. 
E sim, acredito que devemos obter uma segunda opinião, os médicos por muito bem intencionados que estejam, estão sempre condicionados pela sua própria experiência e pelos meios que têm disponíveis. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Copo meio cheio, copo meio vazio



Esta semana tenho andado em baixo, distraída, sem me conseguir concentrar no trabalho. A euforia da operação esfumou-se e agora a impaciência é que impera.

Também não ajudou descobrir mais duas grávidas nos últimos dias. Uma prima, tenho tantos primos que no Natal há sempre alguém grávido e/ou um bebé, e uma antiga colega de trabalho, aqui fiquei mesmo feliz, ela tem ovários policísticos e há uns anos foi-lhe retirado um ovário, se a isso juntarmos os 35 anos, as hipóteses eram remotas, mesmo assim ela conseguiu. Não me contou, porque achou que eu ia ficar triste... 

Ontem, respirei fundo e tentei ver o outro lado desta situação. 
Se há um lado positivo desta provação é desafio que é posto à relação do casal. 
Nós moramos juntos à 5 anos. Talvez eu tivesse expectativas demasiado altas, porque a fase de decoração da casa foi tão divertida, estávamos tão entusiasmados, eu achava que quando nos mudássemos ia ser uma lua de mel. Nada disso... O choque dos hábitos, os diferentes horários de trabalho, as responsabilidades, a cozinha, as limpezas, as contas para pagar... 
Levámos bastante tempo para ficarmos em sintonia.
Sintonia essa que se tem mantido nestes dois anos. Enfim, com alguns desentendimentos pelo meio, claro. Mas quanto mais tempo passa, mais próximos nos tornamos, mais carinhosos e pacientes estamos um com o outro, numa espécie de só-eu-sei-o-que-estás-a-passar-e-estou-aqui-para-ajudar.

Gosto que perante a adversidade estejamos a conseguir manter esta equipa a funcionar.
Talvez tudo isto seja necessário para estarmos preparados para a responsabilidade de receber mais alguém nesta pequena família.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

“O sonho de ser mãe não conhece prorrogações, prazos, conjunturas sócio-económicas.” 
FAMÍLIA TAVARES DIAS, VALONGO

Hoje, no Público.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012



Mais uma consulta com o "nosso" urologista. Essencialmente foi para ver se a recuperação estava a correr bem e para marcar a reavaliação do nosso caso. Novo espermograma para o final de fevereiro e consulta em março.

Saímos de lá esperançosos e animados, esperar mais este tempo nem parecia mau de todo.
Mas estes sentimentos não duraram muito. Um casal nosso amigo convidou-nos para jantar e anunciaram que estavam à espera de bebé. A nossa reação foi mais ou menos tipo soco-no-estômago! Todo este tempo, uma das coisas que me tem consolado é que as gravidezes que vão acontecendo não são de pessoas muito próximas de mim: amigas de amigas, primas que moram longe, bastante mais fácil de processar. Naquele momento senti-me a esverdear e a imaginar os próximos meses a lidar com a barriga alheia semanalmente... 

Mas ao mesmo tempo fiquei tão feliz por eles e depois de meio segundo de um sorriso amarelo, saiu um sincero "parabéns!!".

Tem sido tão difícil digerir isto...
Assim que ficamos sozinhos, eu olhei para o meu marido e só fui capaz de dizer "matem-me já...", ao que ele respondeu "se soubesse que era para isto não tinha vindo" e depois rimo-nos! É horrível, eu sei. Mas a reação dele foi mesmo o que eu precisava para me animar, eu precisava de alguém que compreendesse os meus sentimentos de inveja e injustiça, mesmo que no fundo a alegria pela notícia seja maior que tudo o resto.

Agora os meses que vamos esperar parecem-me intermináveis, as hipóteses de sucesso parecem-me mínimas e pronto, bye bye serenidade.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

80



Hoje o meu avô faria 80 anos.
Não fará porque nos deixou no início deste ano. 

Não falei disso na altura e ainda me custa falar disso agora. Não pela tristeza do acontecimento, embora sinta muito a falta dele. O meu avô materno foi sempre muito presente na minha vida, ás vezes chato e teimoso, mas sempre muito generoso e bem intencionado. Ele adotou o Z. como o seu 3º neto e ajudou-nos imenso.

Não, o que me custa, o que me envergonha, é que não chorei quando ele morreu. 
Na minha cabeça, ou no meu coração, sinto-me anestesiada e tudo aquilo foi muito triste mas comparativamente não é o pior que estou a passar.

Como é que é possível que eu sinta mais falta de alguém que só existe no meu coração, do que de alguém que esteve presente a minha vida toda?

Como é que eu choro tantas vezes porque o meu peito parece que vai implodir de saudades de um filho que não tenho, mas não me comovo por alguém que cuidou de mim?

Não está certo!
Mas não consigo que seja de outra forma.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Da operação

Mais um passo dado nesta luta contra a infertilidade. 
O marido foi operado na semana passada e correu tudo muito bem. Coitadinho, estava tão nervoso que quando chegamos ao hospital nem foi capaz de dizer ao que ia, tive de falar por ele! 

Estive nestes últimos 4 dias em casa com ele para lhe dar o apoio necessário, o corte é feito um pouco acima da virilha, por isso os movimentos mais banais tornam-se um pouco dolorosos. Têm sido dias de muito sofá e muita televisão. A recuperação também tem corrido bem.

Do hospital só tenho coisas boas a dizer, as condições e o pessoal, tudo 5 estrelas!

Eu sempre estive bastante optimista para a operação, nunca duvidei que fosse correr tudo bem. Estou bem mais receosa para o que se segue, agora há um investimento emocional muito maior da nossa parte. Maior será a decepção se não conseguirmos.
Não sei se estou a ser pessimista ou realista, mas tenho sempre presente o facto de a operação poder não resolver o problema dele ou haver outro problema ainda por detectar. Por muito que saiba que a baixa contagem explica o não conseguirmos engravidar, estou sempre a questionar como é que ao "fim de 2 anos não houve um que conseguisse chegar? Deve haver mais qualquer coisa..."

Enfim, estou a tentar não sofrer demasiado por antecipação e não pensar muito nisso nos próximos 3 meses. 
Já vos tinha dito, que ontem li o meu horóscopo e lá dizia que poderei descobrir que vem um bebé a caminho? Acho que não sou muito boa a seguir os meus próprios conselhos... 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Por cada pessoa que não nos percebe, temos os meus pais que valem por elas todas!


Na semana passada tivemos as consultas de preparação para a cirurgia. Entre uma consulta e outra, a minha mãe foi lá ter connosco para saber se estava tudo a correr bem. No dia seguinte o meu pai veio tomar café comigo para saber como tinha corrido.
Fico emocionada e agradecida com tanta dedicação e carinho!

Bem sei que isto é essencialmente preocupação com o meu marido, é do conhecimento geral o amor que ele tem (not!) por hospitais, sangue, injeções e demais assuntos médicos...

Noto de dia para dia que ele está mais calado. Ele que fala imenso! O medo e a ansiedade fazem-no acordar durante a noite e ficar a dar voltas na cama. Já lhe expliquei que este é o parto dele, também me calhará a mim. Provações dos dois lados que é nunca nos esquecermos o quanto especial será(ão) o(s) nosso(s) filho(s), o quanto o(s) desejámos e que estaremos sempre dispostos a tudo por ele(s).

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Do 007




Muito bom mesmo, talvez o meu preferido de todos. A história, a fotografia, o vilão e o Bond himself claro!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sogras




Não me posso queixar da minha, sempre me tratou muito bem, mas a verdade é que não temos muito em comum.
Talvez por ser uma pessoa muito simples, diz logo o que lhe vem à cabeça, sem pensar muito em sensibilidades alheias.

Quando o meu marido lhe disse que estávamos a tentar engravidar há já algum tempo, mas sem sucesso, ela disse: “pois, esperaram demasiado tempo, agora é mais difícil!”. Não é mentira, mas acho que não era bem o apoio que ele queria da mãe...

Agora contou-lhe da operação, ao que ela respondeu "Ai filho, mas não tens medo? Vais te meter nessas coisas... E se corre alguma coisa mal?" Mais uma vez, não é mentira, mas ele precisa é de apoio e confiança, não de depois-não-digas-que-não-te-avisei.

Nem sei porque é que ainda me espanto, quando contei da operação a uma colega, ela perguntou-me porque é que não usávamos um banco de esperma...
Cada vez mais me convenço, que só percebe estas coisas quem passa por elas e que o melhor é estar caladinha.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Coisas que me apoquentam




Gente esquisita com água.

Ok, eu sei que diferentes marcas de água têm diferentes sabores, e por isso cada um terá a sua preferência. Mas daí a não ser capaz de beber esta ou aquela água, peloamordedeus!

O meu marido é do pior, chegou a ponto de me acusar de tentativa de homicídio porque uma vez quando esteve adoentado, lhe dei um comprimido e um copo de água da torneira, essa vil assassina!

Mas pelo menos, só faz isto em casa. Na 6f tivemos lá em casa uns amigos a jantar e um reclamou porque a água era muito doce...

sábado, 27 de outubro de 2012

E agora a reação do meu marido que soube da boa notícia:


Mais uma boa notícia, esta sim capaz de me fazer esquecer o teste negativo.
Ligaram do hospital e marcaram a data da operação do meu marido15 de novembro.

Nem nos podemos queixar muito, esperamos pouco mais de 2 meses e eu pensei que fossemos esperar bastante mais tempo.
Gosto de pensar que o médico tem um lugarzinho especial no coração para esta malta que sofre de infertilidade, e que não foi apenas acaso sorte.


Enfim, estou muito feliz com este desenvolvimento e com todas estas novas possibilidades. Mas ao mesmo tempo há sempre aquela vozinha que relembra que não há garantias de sucesso ou de resultados e que estes podem levar até 1 ano para se fazerem notar. 

Mas pronto, um dia de cada vez!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Finalmente boas notícias! 

Uma no trabalho, que nos vai ajudar com alguns dos problemas financeiros que temos tidos e outra a nível pessoal, que se correr bem, me vai permitir ter algo de  muito bom pelo que esperar para o próximo ano.

Estava mesmo a precisar de boas notícias. Fiquei tão feliz que quase me esqueci de mais um teste negativo...

007



Sou fã incondicional do 007, desde sempre. Haverá "episódios" melhores e piores, mas gosto imenso do conceito. Gosto especialmente do Daniel Craig (não resisto aquele ar durão, mulherengo e sofredor tudo ao mesmo tempo), não só nestes filmes, mas como ator em geral.

Vamos lá ver se consigo convencer o marido a ir ao cinema este fim de semana, ou 2ªf que sempre é mais baratinho!
As bandas sonoras também costumam ser de grande qualidade, e neste caso, não poderia ser de outra forma, ou não fosse a música da Adele.


adoro estes dias de chuva

domingo, 14 de outubro de 2012

Parvoíces minhas

 
 
Em uma das suas crónicas, o Markl falava daquela fase em que era possível as amigas gostavam todas do mesmo rapaz e darem-se todas bem! Eu passei por isso, mas passei também pela fase em que duas raparigas que gostavam do mesmo rapaz eram inimigas mortais, pelo menos até a paixoneta passar... São parvoíces que passam, mas que não se esquecem.
 
Quando fomos ao hospital fazer as análises passadas pela médica, lá estava ela. Oh pá, aquilo custou-me... Num dia tão sensível, tão privado, tão vulnerável, uma das técnicas do laboratório ser logo ela.
 
Nem mais pensei nisso, até ontem, quando a encontrei no supermercado. Com um bebé. Num sling. Que é só a coisa que mais sonho fazer com o meu bebé.
Quer dizer que já estava grávida quando nós fomos fazer as análises. Pronto, não foi preciso mais nada, peguei nas minhas compras e vim amuada para casa, consumida por um sentimento de injustiça e de vazio.
 
A minha cabeça sabe que é tudo parvoíce, mas o coração não quer saber e continua em modo amuado, porque afinal it's my party and i cry if i want to.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

What to expect when you're expecting

A melhor parte do filme... :)
Ontem, num momento de solidão e masoquismo fraqueza, vi o filme What to expect when you're expecting...

Não sei onde é que eu tinha a cabeça para achar que duas horas de mulheres grávidas iria ser divertido!

O filme passa por vários assuntos, desde a infertilidade ao aborto, da gravidez à adoção, mas tudo de forma muito leve. Tem algumas partes engraçadas, mas no geral não achei grande coisa. Ou então sou eu que que não consigo ser imparcial neste assunto...

Um apartezinho: a Cameron Diaz começa a parecer um cruzamento entre a Joan Rivers e uma bodybuilder
M-E-D-O!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ora no seguimento destes ensinamentos de organização pessoal, passei para o papel  aquilo que está mal na minha vida e as soluções ou objetivos para resolver esses problemas. Escrevi duas páginas, acho que foi tipo lista de Natal, pedir não custa nada, né?

A minha maior angústia é pois, a raison d'etre deste blog, mas a sua resolução, por agora, passa pela paciência, pois a possível solução está nas mãos do médico destino.

Segundo ponto: a minha aparência, por isso tomei algumas medidas e espero tomar mais. Comecei pelo mais fácil e que não custasse muito dinheiro:

- Tem-me caído imenso cabelo e o problema é que por isso tenho centenas de pequenos cabelos a nascer, todos espetadinhos...



Não gosto nada deste look! Procurei um champô anti-queda e encontrei este: 
que deu para trocar pelos pontos da farmácia! Ainda não o uso à tempo suficiente para poder avaliar se está a resultar ou não.

- Troquei de óculos, os outro já tinham alguns anos. Aproveitei o planfond do seguro de saúde e também não paguei nada. 
Gostei deles logo à primeira, mas ainda me estou a habituar a ver-me com eles. Mas olho-me ao espelho e lembro-me sempre disto:

- Aproveitei um vale de 40% da Springfield e comprei umas roupinhas boas para trabalhar, falta agora destralhar o roupeiro.

Mais virá, me aguardem! :)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ensinar a viver


Nas últimas semanas temos tido formação cá na empresa, uma delas de avaliação de desempenho. 
Devo já admitir que sempre me irritaram um bocadinho aquelas pessoas sempre de bem com a vida, sempre bem dispostas, a rir na cara dos problemas, muito optimistas e tal... A formadora é assim, eu sou um bocadinho mais p'ró tipo azedo...



Mas vou percebendo a diferença: o problema continua lá, quer o encaremos de trombas ou com um sorriso, a diferença está na maneira como vivemos o resto da nossa vida: atormentados por ele ou felizes independentemente do problema, porque eventualmente encontraremos uma solução para ele e tudo se vai resolver; porque existem outras coisas boas na nossa vida; porque às vezes as coisas nem dependem de nós ou nem têm solução e temos que aprender a viver com isso.
Eu tendo a sofrer muito com os problemas, levo tudo muito a peito, especialmente o que acontece no trabalho. Raramente consigo ver para além dos problemas. E noto o impacto que isso tem na minha vida, principalmente em casa, em termos de humor e disposição.

Aprendi duas coisas que me têm ajudado muito: a primeira é que os nossos objectivos, metas ou problemas a resolver devem sempre ser escritos. Isso ajuda-nos a interiorizar e a refletir sobre eles. E devem ser entre 3 a 9 pontos, pois o cérebro dispersa-se se forem mais, acho que o ideal são 5. A segunda é que nunca devemos estabelecer objectivos pela negativa, o cérebro não processa o negativo. Por exemplo, não deve ser "perder peso", perder é negativo e é associado a fome e sacrifício, deve ser "ter uma alimentação mais saudável" ou "fazer mais exercício".
A aplicar!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Quem muito escolhe pouco acerta



Pois ontem, depois da consulta e depois de tanto conjugar o verbo esperar, achei que precisava do apoio emocional que só as gomas me podiam dar. 

Ora nem de propósito há um LIDL mesmo em frente ao hospital, remexi os saquinhos todos, vi preços, sabores, texturas, calorias (faz de conta) e lá escolhi.

Quando as fui provar é que percebi que escolhi ratos! Com patas, orelhas e rabo... 
Um bocadinho mais realistas do que está à espera para algo comestível. 

Mas muito saborosos não obstante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012



Mais uma consulta, desta vez com a médica. Pensei em desmarcar porque sabia que não havia muito a dizer ou fazer, mas acabei por ir. Pensei que como era logo cedo, não fosse atrasar e me despachava rapidamente. Not!
Contei-lhe da operação do marido e ela disse que então agora era esperar. Perguntei-lhe "e então o que acontece se a operação não resultar?"
"serão encaminhados para um tratamento noutro hospital"
"onde?" 
"em Almada"
"então e não podemos já dar andamento a isso porque ouvi dizer que as listas de espera são longas" 
pretty please

"não"
"temos que esperar para ver se a operação resulta e as listas de esperar diminuíram bastante desde que se mudou o hospital, já não encaminhamos para a maternidade" MAC presumi eu
"Ah..."

Espero que ela tenha razão... Melhor, espero que não seja preciso nada disso.
Ou então espero e pronto.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Da consulta


Ontem lá fomos à consulta de urologia, e o médico aconselhou a cirurgia dado que é relativamente simples e poderá resolver o problema.
Ele foi sincero, disse que se fosse com ele que a faria, nem que fosse para sabermos que tentámos tudo antes de partirmos para algo mais drástico, mas que nada é garantido. Pode não resolver a baixa contagem, pode resolver e mesmo assim não conseguirmos engravidar, o varicocelo pode até voltar, mas mesmo assim valia a pena tentarmos. É uma cirurgia simples, com alta no próprio dia e com apenas alguns dias de repouso.

Agora é esperar, mais uma vez esperar...
Esperar que o chamem, que corra tudo bem e depois esperar pelos resultados.

O médico não nos soube ou não nos quis dizer quanto tempo podemos ter de esperar pela cirurgia e que me deixou ainda mais ansiosa. Raios partam estas esperar sem fim.

Sinto-me Estou Vivo obcecada com isto, vejo grávidas e bebés por todo o lado, não penso em mais nada do que como será estar grávida e de como será ter um bebé.
O marido compartilha a minha vontade, mas não a minha loucura, felizmente. Ele não vê necessidade em irmos a uma clínica de fertilidade saber as nossas opções sem darmos uma hipótese à cirurgia. Eu morro um bocadinho cada vez que penso nesta espera sem prazo de validade.

Mas há vida para além deste drama dizem, então há que vivê-la. Ou pelo menos tentar.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

The waiting game




8 de Agosto
Zero expectativas para este ciclo, sim porque a minha vida já não se mede em meses ou dias, mede-se ciclos de 28 dias.
A minha atenção está focada para as consultas no início de setembro e a única esperança é que ainda nos chamem do hospital para o marido fazer a eco para confirmar ou não o varicocelo, senão terá que ser pelo privado mesmo, porque não queremos adiar as consultas.

13 de Agosto
Tento com muita força distrair o meu cérebro para não calcular em que dia do ciclo estamos, deixámos de seguir o calendário do médico para não acabar com o restinho de espontaneidade que nos resta. Mas é difícil...

16 de Agosto
Nada a apontar, a não ser a vizinha da frente, cuja gravidez acompanhei desde o princípio, à distância que separa os nossos prédios. E que agora que o bebé já nasceu, tem sempre a corda da roupa cheia de miniminimini roupinhas de todas as cores, ao ponto de eu não conseguir perceber se é menino ou menina, mas acho muito bem, sinais dos tempos modernos, e que me fazem suspirar quando chego a casa e olho pela janela.

18 de Agosto
Há uma esperança que me invade, mesmo não havendo motivo para isso. Talvez este ciclo seja diferente, talvez tenha chegado a nossa vez talvez não sejam precisas mais consultas, nem tratamentos nem nada. Tento não criar expectativas para não ter mais uma desilusão, mas nem sempre consigo.

22 de Agosto
Mesmo sem termos programado nada, acabámos sem querer por seguir os dias recomendados pelo médico. Humpf, a imaginação já corre destravada....

24 de Agosto
Vamos passar o fim de semana fora com amigos, amanhã faço um teste. Só por descargo de consciência, é demasiado cedo para dizer alguma coisa, mas pronto.

25 de Agosto
Negativo

27 de Agosto
Passei os últimos dias cheia de azia. Azia literal, não é daquela psicológica! :P Nunca me tinha acontecido. 

29 de Agosto
Ontem jantámos com os meus primos e as suas duas filhas, uma com 5 a outra com 1 ano. A mais pequena, que já anda, desde que agarrada a alguma coisa, agarrou-se a mim para que lhe servisse de apoio para explorar toda a casa. Foi tão bom, aquelas mãozinhas, aqueles pezinhos, os abracinhos e beijinhos roubados nas pausas da sua maratona. Hoje tenho saudades...

31 de Agosto
Finalmente a eco do marido, varicocelo confirmado. A médica recomendou a operação, disse-lhe que era simples e rápida, com alta no próprio dia. O meu medo são as listas de espera, o dele é ir à faca mesmo. E eu compreendo, claro! O urologista dará a sua opinião na próxima semana.

1 de Setembro
Mais um teste, mais um negativo.

5 de Setembro
Mais um ciclo.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Não sei se é por estarmos em setembro, mas já tenho saudades de uns dias mais fresquinhos, de ouvir uma chuvinha sentada no sofá...



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Doar sangue


Na semana passada fui pela primeira vez dar sangue, realmente dê, vai ver que não dói nada é mesmo verdade. Sente-se a picada, não me incomodam as agulhas, não posso é estar a olhar, mas depois não custa nada e acaba rapidinho.
Espero repetir e que se torne um hábito.



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pimp my nails

Gosto de unhas e tudo o que lhes diz respeito, mas sou um novata no assunto...
aqui tinha falado da base e top coat que uso, aproveito e recomendo outro produto com o qual me tenho dado muito bem. Uma cera para unhas e cutículas da Burt's Bees, é muito bom para quem como eu tem tendência para ter as cutículas secas e para criar aquelas peles de lado.

O que eu queria mesmo era mostrar a minha manicure de hoje, que ficou eu achei tão gira! Mas como tenho um telemóvel do tempo dos afonsinhos, as fotos não têm definição suficiente para se ver os pequenos brilhantes dourados sobre o verniz menta:




A inspiração foi tirada do blog Tudo sobre esmaltes e se eu tivesse uma câmara decente, ficaria qualquer coisa deste gênero:











Com esta é que o Pingo Doce me lixou! Logo eu que nunca ando com dinheiro e que costumo lá ir fazer compras... A sério, acho que 99% de todas as minhas compras são pagas com cartão.
Para alguns será apenas um incomodo, ter que comprar mais qualquer coisa ou levantar dinheiro antes de fazer uma pequena compra. Mas acredito que para muitos será mais que isso, sempre vi o Pingo Doce frequentado por todo o tipo de carteiras e até a mim já me aconteceu chegar ao fim do mês com tão pouco dinheirinho que já nem dá para levantar, mas sempre dá para comprar uma king-size lasanha.
Espero que a moda não pegue...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O nosso Portugal

Aconteceu com um vizinho da minha avó:

Teve um acidente com o seu carro e, provavelmente por causa da batida, desmaiou quando saiu do carro. 
Semanas mais tarde recebeu uma multa por não usar o colete fora da viatura...

Muito bom!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vende-se ou aluga-se

...este espaço.

Era o que eu devia fazer, já que não lhe dou uso. Logo eu que não gosto nada de blogs abandonados, sem um adeus, uma explicação, por qualquer motivo a pessoa deixou de escrever ali. Fica a curiosidade sobre o que terá acontecido.

Por cá não acontece nada, mais um mês de treinos, mais um mês sem resultados. No próximo mês temos novas consultas, conforme o que nos disserem, tentaremos a nossa sorte no privado, se o orçamento permitir. Já vamos chegando aos dois anos e cada vez acredito menos que o consigamos naturalmente.

As férias já vieram e já se foram. Tantos planos, tantas coisas deixadas para fazer quando tiver tempo, tão pouco realizado. Descansei, fiz praia (embora o São Pedro não tenha sido tão porreiro como em outros anos), mas assim que voltei a trabalho, parece que nem tinha saído... Os problemas estavam cá todos à minha espera raios partam que não apodrecem, como diz o meu pai, para além da insatisfação da gravidez não conseguida, que raramente me sai do pensamento.

Queixinhas à parte, que nem tudo por aqui é mau, eu é que nem sempre consigo ver the big picture, tentarei escrever mais vezes.



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Hoje



Tenho andado a escrever este post na minha cabeça à dias. 
Começou na semana passada quando me dei conta que me esqueci que o dia do período estava a chegar... Eu faço sempre um teste de gravidez uns dias antes só para confirmar aquilo que, na realidade, já sei. 
Mas este mês esqueci-me! Pensei que o meu coração estivesse mais conformado, que estes desejos fossem quase como quem quer um par de sapatos caríssímos que não pode comprar, mas acha que morre sem eles. Não os compramos, e depois a vontade passa, e percebemos que sim, podemos viver sem eles.
Bem sei que um filho, não é um par de sapatos, nem tão pouco um capricho. Mas é uma vontade, que nem sempre sei gerir.
Este sossego só durou até ontem, quando soube de mais uma grávida. Ouvir a descrição de como foi logo à primeira, de como é tão giro ver bracinhos e perninhas na ecografia e tal... 
Voltei à estaca zero novamente, porque eu também quero tanto passar por tudo isso.
Acabei o dia miserável.

Depois hoje li o post da Natalie e foi como uma lufada de esperança. Imagino a Cristina versão 2014 a dizer "vês, olha para ti, isto vai acontecer!".









terça-feira, 3 de julho de 2012

Na semana passada


Lá fomos ver este senhor e foi muito bom! 
Foi a primeira vez que vi o Sting ao vivo, é um concerto mais parado do que estou acostumada, mas afinal é um festival de jazz. Senti falta de algumas músicas dos Police, mas fiquei super impressionada com a qualidade da voz dele, nesta era de efeitos especiais (leia-se: aldrabices para vender cd's) nunca se sabe o que nos calha na rifa quando vamos ver alguém ao vivo, mas o Sting soa exatamente aos cd's que tenho dele.

E o fim de semana prolongado foi remédio santo para o stress acumulado. Poucos dias, é certo, mas definitivamente não tem comparação o quanto se consegue relaxar e esquecer quando estamos fora do nosso meio ambiente habitual.

Para completar as novas experiências fomos pela primeira vez a um restaurante japonês, o Sushi Time. Foi perfeito porque fomos com amigos que são grandes apreciadores e que me explicaram o que era cada uma das coisinhas que eles iam trazendo. Já o maridinho, que tem muitas virtudes mas experimentar coisas diferentes não é uma delas, comeu um bife com batata frita... Mas comeu com os pauzinhos, já é qualquer coisa, não?
Confirmo o que sempre tenho ouvido, sushi é um gosto adquirido. Gostei de experimentar, mas não é uma coisa que se goste logo à primeira.
A repetir, eventualmente...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Triste

Pela seleção, não com a seleção, e por todos nós. Oh que jogo sofrido, oh que falta de sorte... Mas não falta de qualidade e de empenho, por isso estou muito orgulhosa deles.
E a malta que tanto precisava de uma alegria para distrair da crise, mas pronto.

...

Mais triste pela notícia que ouvi hoje. Eu sabia que uma colega do meu pai estava a tentar engravidar há pelo menos tanto tempo como eu. Soube hoje que conseguiu, mas que o médico detectou que o feto tinha parado de se desenvolver... Receitou-lhe medicação para ela interromper a gravidez em casa.

É tão mau não conseguir engravidar... 
Pior será conseguir e perder...
Pior ainda será ter que fazer sozinha aquilo que o corpo não conseguiu.

Os meus pensamentos estão com ela, só lhe posso desejar que, dentro do possível, corra tudo da melhor forma.



O chá



Já percebi que comigo o chá funciona como os livros, há alturas em que estou completamente viciada e não os largo e depois há alturas em que passo meses sem lhes tocar. Neste momento o chá é o meu vício, ao contrário do meu livro da Abelha que está abandonado na mesa de cabeceira. 

Para quem gosta de chá, recomendo os chás da Clipper. São uns chás orgânicos ingleses muito bons, para não falar na embalagem que tem um ar super artesanal e gira. 

Custei a encontrar um sítio em Faro que vendesse à embalagem, mas agora que encontrei tenho andado a experimentar sabores diferentes e gosto muito do de frutos vermelhos e do chá verde com Ginko Biloba. Para mal dos meus pecado, o sítio que os vende é uma loja de cupcakes... E eu que gosto tanto de cupcakes... Longe da vista, longe da barriga, assim não dá né?!