segunda-feira, 23 de abril de 2012


Depois destes resultados, o texto da Dina veio mesmo a calhar porque é a situação que vivemos cá em casa. Sem entrar em exageros, pois andamos nestas andanças de engravidar à ano e meio, este é o assunto que mais falamos. E realmente a minha reacção e a dele não poderiam ser mais diferentes. Quando lhe contei das análises ele reagiu mal, mesmo sabendo que tínhamos todos os motivos para não esperar melhores resultados, a desilusão ficou-lhe estampada na cara. Até aqui tudo bem, mas depois chegou mesmo a dizer que talvez tivéssemos que pensar numa vida sem filhos ou em adoptar. Eu sei que isto foi dito da boca para fora, no alto do da sua masculinidade ferida, sem um fundo de verdade. Mas existem tantas opções, tantas coisas por fazer, como é que podemos pensar em desistir assim ao mínimo contratempo?

Concordo que a relação a dois não deve ser desconsiderada, mais é difícil não pôr o sonho de ter filhos em primeiro lugar. Cá por casa, este sonho só nos juntou mais. Receei que esta caminhada acabasse por criar tensão entre nós e desse em discussões, mas não. Mais uma vez, também ainda não posso dizer que já tenhamos passado por muito, a verdade é que ainda andamos em fase de diagnóstico, não de tratamento, mas espero manter(mos) a serenidade quando se lá chegarmos.

Um amigo meu, a quem contei por alto o que se estava a passar connosco, disse-me que precisávamos era de ter calma (clichê#1), não desesperar (clichê#2), encarar isto tudo com naturalidade (clichê#3), afinal é só uma questão de tempo, vais ver!(clichê#4) Até porque ele até tem uma colega de trabalho que também andou a tentar uma série de tempo e quando foram ao médico e este lhes disse que o passo seguinte eram uma injecções, ela não quis porque não estava para esse trabalho. E acabou por engravidar naturalmente de gémeas uns meses mais tarde. Eu não desenvolvi, há assuntos que só percebe quem passa por eles, mas o que tive vontade de lhe dizer foi: caro P., das duas uma, ou ela não tinha realmente muita vontade de engravidar e quando as coisas se complicaram entregou nas mãos do destino, ou ela fez realmente algum tratamento e não contou a ninguém porque era um assunto privado. 
Agora não me digam que uma mulher não move montanhas para ter o filho que tanto deseja! Eu já considerei os cenários todos, não me parece que tenhamos que chegar a uma situação de dadores do que for ou sequer adopção, mas se tivéssemos, assim seria. Preocupa-me mais o facto de a gravidez só ser conseguida através de procriação medicamente assistida e o tempo e/ou dinheiro que isso nos vai custar.

Mas uma coisa de cada vez. Baby steps my dear, baby steps!
E o próximo é a consulta dia 10.
Até lá treinamos conforme prescrição médica, fun!!


4 comentários:

  1. Concordo contigo quando dizes que só percebe quem passa. O meu caso é diferente do teu, mas consigo perceber o que passas.

    Acredito que quando menos esperarem vão ter o vosso tão desejado filhote.

    Força!!
    BJS

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  2. Coragem minha querida!
    Sei do que falas. E custa tanto. Mas acredita sempre!
    Bjs

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  3. Bom só posso dizer, tal como a Lia, acredita sempre e acredita mesmo que é uma questão de tempo.

    Eu sempre tive os resultados sempre bons e o B. também e demorei mais de ano e meio, no fundo também há uma pontinha de sorte ou azar, e foi quando deixei de acreditar de pensar e entregar nas mãos do destino que aconteceu.

    Sei que para ti são apenas palavras mas sei que um dia pensarás como eu quando tiveres o teu bebé no colo.

    Beijinho

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  4. Obrigada minhas queridas! Eu acredito sempre, a espera é que ás vezes me desespera!
    Bjs

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