sexta-feira, 8 de julho de 2016

Offline

Não estou offline, nem nada que se pareça. Apenas desaparecida deste meu cantinho que tanta falta me faz.

Mas não vale a pena chorar sobre o leite derramado certo?

Isto do offline veio a propósito de me ter esquecido (pela primeira vez?) do telemóvel há umas semanas. Saí do trabalho e deixei-o lá, só me apercebi já a caminho de ir buscar o miúdo. 

Primeiro veio o pânico, como faço agora? E se precisar de ligar a alguém? Pior, e se alguém precisa de falar comigo e não consegue?

É ridículo, mas o pânico foi real. Senti-me incompleta.

Tinhamos um encontro marcado e correu tudo bem. Mais que bem, passado o desconforto inicial, fui invadida por uma sensação de liberdade imensa. Foi revelador, nunca me tinha dado conta deste vício.

Uns dias depois li um artigo sobre telemóveis e os comentários das pessoas eram inacreditáveis, pessoas que, propositadamente têm telemóveis de teclas ou nem têm telemóvel. 
"Não temos de estar sempre disponíveis ou contactáveis" Tão verdade!

Comecei a analisar o meu comportamento e reparei que estou sempre a ver se tenho chamadas perdidas, à mínima desculpa vou passear pelas redes sociais, vou ver o email, etc.

Percebo que o faço como se fosse uma mini pausa do trabalho, do miúdo, do que for, mas há maneiras bem melhores de desanuviar a cabeça uns minutos. Pior ainda quando é feito à refeição, a meio de uma brincadeira ou de uma conversa.

Então tenho feito um esforço consciente para estar mais distanciada do telemóvel.

Se perder uma chamada enfim, não sou o Batman, não será o fim do mundo!

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