Decidi não desmarcar a consulta que tinha hoje com a minha médica, afinal era importante mostrar-lhes as minhas análises. Tal como eu suspeitava, estava tudo normal, a ovulação parece estar a ocorrer normalmente e por isso não há motivo para me receitar o Dufine.
E agora? Perguntei eu.
O exame seguinte é a histerossalpingografia, mas ela disse que não fazia sentido eu submeter-me a um exame caro e doloroso sem ter o resultado do exame dele primeiro. Se o resultado do espermograma for normal, então sim vale a pena fazer para perceber se existe algum problema comigo, se for anormal, devemos seguir para uma consulta de infertilidade porque a solução passará por técnicas de reprodução assistida e nessa altura vão me pedir que faça esse exame independentemente de já o ter feito noutro lado.
Vim para casa com a receita para a histerossalpingografia, mais ovusitol, uma carta de encaminhamento para as consultas de infertilidade do hospital de Faro e uma sensação de estar a chegar ao fim da linha...
Eu sei que ainda falta o exame do marido para realmente decidirmos o caminho, mas a infertilidade é um destino cada vez mais provável e por isso estou assustada e triste.
Se o pior se confirmar como vai ser? A hipótese de optarmos pelo privado é provavelmente inviável por causa dos preços, se optarmos pelo público vamos esperar meses pela consulta, mais o tempo de novos exames e depois todos os tratamentos são em Lisboa...
Sinto-me como aquelas personagens dos filmes, que estão paradas enquanto tudo passa em fast forward à sua volta. Já perdi conta de amigos e conhecidos que engravidram e tiveram filhos desde que começamos a tentar, parece que estão por todo o lado e só nós é que não conseguimos...
Isto é hoje, amanhã estarei melhor.