2 meses, hã??
Já? Só?
Meu Deus, que volta que a nossa vida levou! É mesmo uma daquelas situações que por mais que se leia, fale com outras pessoas e se façam cursos, não há preparação possível.
Tenho ido escrevendo um pouco quando posso e quando tenho vontade, duas situações difíceis de conjugar...
Por um lado não me lembro muito bem da vida antes de ter este serzinho agarrado a mim 24h/dia, por outro, parece que ainda foi ontem que ele nasceu.
Tem sido a coisa mais desafiante que fiz até hoje e começamos agora a ter a cabeça à tona, com mais naturalidade e confiança. Sabia que isto não seria difícil, mas sinceramente acreditava que por o Samuel ter sido um bebé tão planeado e desejado, eu conseguisse ultrapassar melhor as dificuldades.
Quando ele fez uma semana eu fui-me completamente abaixo, chorei o dia todo! Um aperto no peito e uma tristeza que não desaparecia, juntaram-se ao cansaço, à insegurança e a uma amamentação difícil e só me apetecia fugir quando ele chorava. O meu marido não sabia muito bem o que fazer comigo e foram os meus pais que me ajudaram a ultrapassar o baby blues. A companhia, a ajuda nas refeições e as saídas de casa foram fundamentais, e claro o tempo. À medida que os dias iam passando, as hormonas iam estabilizando, eu ia conhecendo melhor o meu bebé e as crises foram diminuindo. É tão importante pedir ajuda nesta altura, eu achava doidas aquelas pessoas cujos pais iam viver com elas quando o bebé nascia, mas agora percebo-as tão bem. Não cheguei a tanto, mas quase... É também importante descobrir aquilo que nos distrai e nos dá prazer, para mim era sair da minha casa, estar com outras pessoas.
Estou bastante melhor, só me sinto pior se estiver realmente cansada, mas ainda não consigo estar o dia todo em casa. Sinto-me sozinha e aflige-me pensar em tanto que há para arrumar e limpar e eu sem conseguir fazer nada, para além de que ele dorme muito melhor fora de casa... Saímos todos os dias, inscrevi-me no curso pós-parto e de massagens para o bebé no centro de saúde e juntei-me a um grupo de mamãs que faz caminhadas semanalmente. Esta foi outra grande ajuda, as outras mães, perceber que todas passam pelo mesmo, tirar dúvidas, partilhar experiências, tem sido fantástico.
A amamentação continua a ser um enorme desafio, começou logo na maternidade com uma má pega, com gretas e fissuras e sangue e dor, muita dor... Felizmente não tive problemas na subida de leite, nem dei por ela, ele mama bem e tem vindo sempre a aumentar de peso. Umas semanas depois comecei com dores depois de dar de mamar, que as enfermeiras diagnosticaram como sendo candidíase mamária, visto que eu tinha tido recorrentemente durante a gravidez. O Samuel não tem sintomas felizmente (os chamados sapinhos), mas eu tenho estado a fazer tratamento há semanas sem grande resultado... Já não tenho gretas, mas os mamilos continuam hiper sensíveis e já não sei se é da pega ou da candidíase. Enfim, por enquanto não penso em desistir, mas não é fácil amamentar 8 vezes por dia com dor... Mas estou esperançosa que melhor, porque quando corre bem é muito bom.
Para acabar, o Samuel é um pequeno anjinho. É um bebé que não tem cólicas, muito sorridente e normalmente bem disposto, tirando uma impertinência de final de dia que estamos a tentar corrigir.
Ficou ainda muito por dizer, mas espero cá vir com mais frequência. :)
Tenho ido escrevendo um pouco quando posso e quando tenho vontade, duas situações difíceis de conjugar...
Por um lado não me lembro muito bem da vida antes de ter este serzinho agarrado a mim 24h/dia, por outro, parece que ainda foi ontem que ele nasceu.
Tem sido a coisa mais desafiante que fiz até hoje e começamos agora a ter a cabeça à tona, com mais naturalidade e confiança. Sabia que isto não seria difícil, mas sinceramente acreditava que por o Samuel ter sido um bebé tão planeado e desejado, eu conseguisse ultrapassar melhor as dificuldades.
Quando ele fez uma semana eu fui-me completamente abaixo, chorei o dia todo! Um aperto no peito e uma tristeza que não desaparecia, juntaram-se ao cansaço, à insegurança e a uma amamentação difícil e só me apetecia fugir quando ele chorava. O meu marido não sabia muito bem o que fazer comigo e foram os meus pais que me ajudaram a ultrapassar o baby blues. A companhia, a ajuda nas refeições e as saídas de casa foram fundamentais, e claro o tempo. À medida que os dias iam passando, as hormonas iam estabilizando, eu ia conhecendo melhor o meu bebé e as crises foram diminuindo. É tão importante pedir ajuda nesta altura, eu achava doidas aquelas pessoas cujos pais iam viver com elas quando o bebé nascia, mas agora percebo-as tão bem. Não cheguei a tanto, mas quase... É também importante descobrir aquilo que nos distrai e nos dá prazer, para mim era sair da minha casa, estar com outras pessoas.
Estou bastante melhor, só me sinto pior se estiver realmente cansada, mas ainda não consigo estar o dia todo em casa. Sinto-me sozinha e aflige-me pensar em tanto que há para arrumar e limpar e eu sem conseguir fazer nada, para além de que ele dorme muito melhor fora de casa... Saímos todos os dias, inscrevi-me no curso pós-parto e de massagens para o bebé no centro de saúde e juntei-me a um grupo de mamãs que faz caminhadas semanalmente. Esta foi outra grande ajuda, as outras mães, perceber que todas passam pelo mesmo, tirar dúvidas, partilhar experiências, tem sido fantástico.
A amamentação continua a ser um enorme desafio, começou logo na maternidade com uma má pega, com gretas e fissuras e sangue e dor, muita dor... Felizmente não tive problemas na subida de leite, nem dei por ela, ele mama bem e tem vindo sempre a aumentar de peso. Umas semanas depois comecei com dores depois de dar de mamar, que as enfermeiras diagnosticaram como sendo candidíase mamária, visto que eu tinha tido recorrentemente durante a gravidez. O Samuel não tem sintomas felizmente (os chamados sapinhos), mas eu tenho estado a fazer tratamento há semanas sem grande resultado... Já não tenho gretas, mas os mamilos continuam hiper sensíveis e já não sei se é da pega ou da candidíase. Enfim, por enquanto não penso em desistir, mas não é fácil amamentar 8 vezes por dia com dor... Mas estou esperançosa que melhor, porque quando corre bem é muito bom.
Para acabar, o Samuel é um pequeno anjinho. É um bebé que não tem cólicas, muito sorridente e normalmente bem disposto, tirando uma impertinência de final de dia que estamos a tentar corrigir.
Ficou ainda muito por dizer, mas espero cá vir com mais frequência. :)